sábado, 29 de novembro de 2008

O Terror Amistoso

Existem variados rituais para a ascensão. Não sou digno de nomear nenhum mas sinto-me tentado a delinear os aspectos mais vivaços de alguns.
Em lugar primeiro, umas asas qualificadas se devem comprar ou alugar ou até comparar com as sombras desmedidas que se refugiam do sol.
Não se esqueçam que hoje é cemitério e a lua anda furiosa.
Lugar dois, não tem a ver com helicóptero. Deverá ser uma subida mais espiritual errática.
Daquelas com fome de morder. Sim, isso mesmo. Mente molhada como saliva diurna.
Uso estas mãos na semelhança de facas carnívoras subsequentes e a seguir.
E a seguir vem o lugar terceiro, queimado na insistência. A psicologia do ímpar. Quando tudo anda aos casais, há uma terceira tentativa que se espevita do lado de fora, está fora do aconchego presente no interior. São as aberturas. As simples aberturas, livre conjugação do corpo com espírito. Asas com vontade. Espiral desistiva. Junto os dois. Branco com indecisão mental.
É isto e isto é fácil de conseguir.
Não há sensação como línguas.

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